Aos 22 anos, o jovem avançado holandês recusa o exclusivo dos louros nas vitórias em Paços de Ferreira e Zurique, com um golo em cada jogo, e apela ao apoio dos adeptos, ao mesmo tempo que deixa um aviso à concorrência, no que aos grandes objetivos da temporada diz respeito.
RECORD – Disse na sua apresentação que vinha para o Sporting para marcar golos. Nos primeiros jogos não foi opção do treinador, mas assim que assumiu a titularidade começou, realmente, a marcar. Está a cumprir essa promessa? Como se sente perante a situação? Acontece, também, que é depois da saída de Hélder Postiga que você passa ter mais oportunidades de jogar e, por consequência, a marcar...?
VAN WOLFSWINKEL – Essa é a função do avançado, suponho. Como ponta-de-lança procuro sempre fazer golos, afinal é isso que todos fazem, ou procuram fazer. É muito importante para mim, mas mais ainda para a equipa. Agora que comecei a jogar com mais regularidade, os golos começaram a aparecer e por isso pode dizer-se que é natural. Vem com o nosso papel na equipa, nada mais. Quanto ao Hélder Postiga, para mim, tinha sido importante que ele tivesse ficado no Sporting. OHélder foi muito bom companheiro nos meus primeiros tempos, na minha adaptação ao Sporting mas também à cidade de Lisboa. Foi ele que me levou a conhecer muitas coisas, ensinou-me os caminhos de um lado para o outro, fez-me sentir em casa. Era uma pessoa muito boa, grande companheiro e não existia qualquer tipo de rivalidade ou competição entre nós. É pena que tenha partido, mas isso já são assuntos que não me dizem respeito.
R – Mas com ou sem Postiga, sente a pressão de ter de marcar golos e levar o Sporting às vitórias, ou isso também é natural no futebol? Essa pressão virá de si próprio, em relação ao que deseja atingir no Sporting? E render Liedson, não é mais pressão?
VW – A pressão é algo que está sempre presente no futebol e nunca tive problemas em lidar com ela. Sabes, desde pequeno, que é assim. Os clubes querem de ti resultados, os adeptos querem resultados e tu tens de fazer sempre o melhor de ti para os conseguir. Mas acima de tudo, quero fazer sempre melhor por mim próprio, para continuar a crescer e melhorar como jogador. Com ou sem o Postiga a pressão de jogar no Sporting é a mesma. Qualquer jogador sabe até onde pode ir, o que precisa de fazer para ser cada dia melhor. É uma pressão natural que impomos a nós próprios, se não nem fazia muito sentido, pois não podemos ficar satisfeitos com aquilo que atingimos até aqui. O Liedson é um jogador com quem não me posso comparar, naturalmente. Por aí, não existe qualquer pressão. Ele era um goleador fantástico, mas somos muito diferentes na maneira de jogar e estar em campo. Como não me compara com o Rubio ou o Bojinov, porque também somos diferentes. O Liedson fazia as coisas à sua maneira e eu quero continuar a fazê-las à minha maneira. Só espero que seja de modo a satisfazer os sportinguistas (riu-se).
Fonte: Record
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