Comentário Geral
A primeira meia hora de jogo permite afirmar com segurança que a equipa do Sporting partia para a goleada. A entrada de "leão" foi clara e o primeiro golo o demonstra, é uma entrada de um Sporting completamente atirado para a frente com Capel e Carillo a que se acrescenta um Schaars e um Elias quase como médios de ataque. O golo resulta de pressão alta (Schaars subido a pressionar o primeiro homem do Guimarães), de inteligência e conhecimento de limitações (Schaars sabe que dificilmente conseguiria correr todo o campo e marcar ou assistir Wolfswinkel com sucesso) e, por ultimo, da capacidade técnica e velocidade de Capel.
Um conjunto ofensivo que tinha como alvo a baliza de Nilson, um Sporting que, fora de casa, bate com a mão na mesa e afirma estar ali para ganhar JÁ. Não tínhamos um Sporting destes à muito tempo, que saudades tinha!
A intervenção de Bruno Paixão (deliberada?) no lance de Rinaudo é inteligente, afinal se querem prejudicar este Sporting um golo anulado não serve pois marcaríamos mais e um penalti a favor do Guimarães exigiria que eles conseguissem passar pela nossa defesa coisa que não aconteceria visto que mal conseguiam passar Wolfswinkel. Assim foi expulso o incansável Rinaudo numa entrada que, na pior das hipóteses (assumindo intenção e o "apontar à perna"), daria amarelo. Da parte do arbitro só vimos, após a expulsão, amarelos disparatados para os dois lados e uma falta sobre Elias, igual à de Rinaudo, que nem com amarelo foi sancionada.
Aquilo com que ninguém contava era que uma equipa de rastos (45 minutos a jogar com 10 na quinta anterior) aguentasse um jogo inteiro a jogar com 10 numa das mais difíceis visitas da nossa liga, ainda por cima até tinha menos tempo de recuperação que outros crónicos candidatos ao titulo. Mas a verdade é que o domínio se manteve quase até ao final da primeira parte e que o Guimarães só na segunda parte começou verdadeiramente a ter bola. Contudo sem nada para fazer com essa bola visto que os espaços estavam fechados por uma equipa solidária e coesa, disposta a tudo para reclamar a vitória.
Ouvi da parte de uns comentadores desportivos criticas às substituições de Domingos, admito que me escapam. Contando o cansaço era expectável que as pernas não deixassem atacar e ai é sempre melhor ter unidades defensivas que ofensivas, assim o nosso treinador coloco Evaldo, André Santos e Carriço. Jogo ganho nessa jogada.
Considerações individuais positivas (destaques)
Polga - Irrepreensível, dominador no seu raio de acção até mesmo do jogo aéreo. Um jogador de muito valor que volta aos seus melhores momentos, tudo se faz com motivação.
Onyewu - Como tem sido normal esteve em todas dominado o jogo aéreo e controlando os seus adversários com um físico e inteligência difíceis de igualar .
Schaars - É muito inteligente a ocupar os espaços e conhece bem as suas próprias limitações. Tem um pé esquerdo temível, não fosse Nilson...
Capel - É velocidade, técnica e de uma garra impressionante. Ocupou os espaços, foi lateral esquerdo depois da saída de Rinaudo e marcou, antes disso, um golo de belo efeito.
Wolfswinkel - No início era um PL à procura do golo, contudo graças a uma intervenção da 3ª equipa passou a ser o primeiro defesa da equipa do Sporting. Até como primeiro defesa o holandês marca pontos...
Domingos - Foi decisivo pois rápido percebeu que as pernas não deixavam manter o ímpeto ofensivo a jogar com dez, decisivo foi também na moralização da equipa e na criação do primeiro grupo de trabalho em muitos anos, para os lados de Alvalade, a que se pode chamar família.
Mais do que nunca senti que contra tudo e contra todos venceremos, temos equipa!
SL
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