Com o Troféu Cinco Violinos em disputa, Elias não se coibiu e assumiu a batuta de maestro, ditando os ritmos do meio-campo leonino. A música foi boa, a espaços, ainda que ligeiramente fora de tom, sobretudo no último terço do terreno, onde havia mais vontade do que organização.
Ainda que debaixo deste síndrome de mais coração que cabeça, o Sporting dominou a maioria do encontro, com Carrillo e Capel muito ativos pelos flancos, já se notando as linhas de jogo que Sá Pinto pretende implementar. Wolfswinkel, no entanto, esteve demasiado desamparado na frente, não conseguindo dar resposta às solicitações dos colegas.
Apesar do domínio, o Sporting começava a ver-se grego para chegar ao golo, até que, aos 54 minutos Elias desatou o nó, à bomba. Depois de alguma confusão à entrada da área do Olympiakos de Leonardo Jardim, o médio brasileiro deu um literal pontapé na passividade e falta de decisão leonina, atirando para o fundo das redes de Roy Carroll, com um remate cruzado, ainda de fora da área.
Destaque ainda para Adrien «Coração de Leão», que fez um jogo pleno de garra e vontade mas mostrou a Sá Pinto que ali também há muito cérebro, assumindo-se como grande candidato ao lugar de médio mais criativo. Até final o Sporting ainda gozou de algumas oportunidades para ampliar a vantagem, mas a precipitação acabou sempre por anular as oportunidades criadas à conta de muito voluntarialismo.
O troféu ficou em casa e Sá Pinto, certamente, feliz com o que viu, mas consciente de que tem algum trabalho pela frente, na luta por domesticar esta equipa e explicar que nem só de coração se faz um Leão.
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