16 de julho de 2012

Pereira Cristóvão: «Os sportinguistas darão a devida resposta a Carlos Barbosa»



O antigo vice-presidente para a área de marketing e comunicação dirigiu novo ataque aos actuais órgãos sociais do Sporting, mas Paulo Pereira Cristóvão, também ele antigo vice-presidente do clube, fez questão de tecer algumas considerações sobre a passagem de Carlos Barbosa por Alvalade.

Leia o comunicado na íntegra:

«Em entrevista a um diário desportivo, um ex-vice-presidente do Sporting Clube de Portugal, Carlos Barbosa, tece uma série de considerações sobre a sua passagem pelo clube que, neste momento, me merecem as seguintes considerações:

1) é do mais elementar sportinguismo que qualquer sportinguista saiba a data de fundação do seu clube. No que aos órgãos sociais diz respeito, essa regra assume carácter de obrigatoriedade e é o mínimo que se pode esperar de qualquer dirigente do clube.

2) é completamente falsa a descrição que aquele ex-dirigente faz do acto e justificações para o mesmo, relativamente à sua assinatura do contrato entre a SPM e a empresa Businlog. Não adiantarei mais sobre este assunto porque, apesar dos equívocos em que lavram, respeito a investigação e as instituições judiciárias.

3) a dado passo refere que a Tribuna Presidencial do Estádio José Alvalade era frequentada por “penduras”. Mais afirmou que seria por esse motivo que raramente ali se deslocaria em dia de jogo. Ora acontece que, certamente por esquecimento, a partir de determinado momento, o mesmo ex-dirigente passou a “presidir” à Tribuna Centenário na Bancada Nascente, para a qual invariavelmente convidava amigos e manequins fornecidas por agência de moda, sendo estes os novos “penduras” a frequentar Alvalade e trazidos pela sua mão. Não obstante os inúmeros reparos à prática referida, a mesma era sempre por si justificada com interesses comerciais. Ainda hoje, certamente por nosso desconhecimento do mettier comercial, não se constataram as vantagens de tal prática.

4) refere que, na sua opinião o vogal do CD, Rui Paulo Figueiredo, por ser deputado, não deveria integrar aquele órgão. Não é a profissão que define quem deve, ou não, integrar o CD mas sim a capacidade, o sportinguismo e a lealdade ao clube e aos seus pares, de cada um dos eleitos. Sobre este tema e temas paralelos, emiti varias vezes a minha opinião nos locais próprios que são o Conselho Directivo, o Conselho Leonino, as Assembleias Gerais ou directamente ao Presidente. Nunca na rua e muito menos em entrevistas a órgãos de comunicação social. As questões internas do Sporting são tratadas internamente e nunca na praça pública. Quem assim não procede é porque se julga mais importante que o Clube.

5) é falso que, consigo, os resultados comerciais tenham crescido. O que cresceu de facto foi a massa salarial da sua responsabilidade, que, num período de seis meses, e por sua determinação, aumentou meio milhão de euros, sem que tenham sido atingidos objectivos reflectores de tal acréscimo. O Director-Geral Comercial por si escolhido saiu em menos de um ano e tal não foi seguramente por ter excedido o número de vendas de gamebox ou camarotes disponíveis no Estádio. Os verdadeiros responsáveis pelo aumento das vendas de GB e afluência ao Estádio foram os treinadores e jogadores contratados pela Administração da SAD.

6) sobre o Futebol Profissional vem Carlos Barbosa tecer laudos ao treinador Ricardo Sa Pinto e somente a este. Há poucos dias atrás, em entrevista a uma rádio, elogiava a capacidade profissional de Luís Duque e Carlos Freitas, para além do treinador. Também e por esquecimento certamente olvidou o facto de, dois meses após as eleições nas quais foi eleito, ter sido um acérrimo defensor da saída daquele administrador.

7) refere também na mesma entrevista, que integrou uma lista na qual não acreditava que o líder tivesse perfil para comandar o projecto; que entrou num clube atrasado; que não concordava com a presença de certos colegas; que o Sporting tem que seguir exemplos do clube rival porque esses trabalharão melhor. Se entendesse o que é o Sporting, saberia que a massa adepta não gosta de “virgens arrependidas”. Prefere sempre homens e mulheres que assumem as suas funções de forma humilde e que façam o melhor que podem e sabem pelo Clube.

8) na minha experiência enquanto 15 meses como vice-presidente do Sporting apreendi e confirmei o quanto esmagadoramente grande e importante é o nosso Clube para milhões de pessoas. Qualquer um dos que o serviram ou servem deverão ter sempre presente que estão de passagem numa instituição que lhes dá o privilégio de a servir e que será sempre bem maior que qualquer ego, ambição pessoal ou “acertos de contas”.

9) o Sporting é a soma de uma imensidão de valores, de sentires e de vivências. O Sporting é o futebol, o andebol, os núcleos, as claques, as associações e tudo o mais que aqueles que o sentem quiserem. É de nós todos e será, definitiva e imensuravelmente maior que uns, que aqui e ali, sem nada dele conhecerem o caracterizam, o rotulam e o tentam diminuir. Quem ataca os órgãos sociais do Sporting, ataca o Clube e quem ataca e denigre o Clube, fá-lo exactamente, e na mesma medida, à sua massa adepta.

O tempo e os sportinguistas darão a devida resposta ao sócio Carlos Barbosa.»

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