Ricardo Sá Pinto dá o peito às balas e chama a si a responsabilidade pelo início de época do Sporting. Treinador diz compreender a insatisfação dos adeptos, mas pede para que continuem ao lado da equipa.
«Em primeiro lugar, quero deixar uma palavra de gratidão aos sócios pela forma exemplar como se comportaram durante todo o jogo, mesmo vendo a equipa a não jogar bem e a não dominar. Compreendo o estado de espírito deles, é igual ao meu. É normal estarem tristes. Sabemos o que há para melhorar e onde queremos chegar. Peço-lhes que continuem a acreditar e a apoiar a equipa», disse Sá Pinto, na conferência de Imprensa após o empate (2-2) com o Estoril, em Alvalade.
«Nos últimos jogos a equipa estava a ser injustiçada pelos resultados, hoje não. Trinta minutos nesta sequência não podem chegar. Se viéssemos numa série de vitórias, 30 minutos poderiam ser suficientes porque nenhuma equipa é perfeita», argumenta, assumindo a «responsabilidade total» pelo momento do leão.
«Sou o líder desta equipa. Quando se ganha, distribui-se por muita gente, quando se perde a culpa é do treinador. Sinto uma grande tristeza e desilusão. Tenho uma equipa técnica séria, trabalhadora e capaz de pôr o Sporting a ganhar mais vezes», afiança, fazendo questão de deixar o alerta: «Estamos no princípio mas não podemos ir perdendo pontos numa Liga em que aspiramos ser um dos melhores. Acredito que vamos dar uma boa resposta no próximo jogo [n.d.r. com o Videoton, quinta-feira, na Liga Europa]. Oxalá possamos aprender que o caminho é o da exigência e compromisso».
«A este nível, o compromisso tem de ser constante e total, no treino e no jogo. Não podemos despertar a 30 ou a 25 minutos do fim, porque isso não chega, como não chegou hoje. Não podemos dar azo a isto, porque depois o nosso discurso não tem lógica e não consegue justificar o anterior. Se formos o Sporting do último jogo [n.d.r. com o Gil Vicente], ganharemos muitas vezes», acredita Sá Pinto.
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