Oceano ficou com a equipa principal, José Dominguez assumiu a formação B do Sporting. Depois da vitória no mini-clássico com o FC Porto, o segundo dedicou a vitória ao «amigo pessoal» que é Sá Pinto, o homem que liderava os leões na I Liga e que deixou o comando técnico nesta sexta-feira. O jogo de Rio Maior precedeu o clássico do Dragão e no universo leonino, apesar do momento, a fé é algo inabalável, como comprova a frase em título, e que pertence ao presidente da Assembleia Geral do Sporting.
«Muito do trabalho que o Oceano e eu fizemos devemos ao Sá Pinto, ao trabalho que ele fez nos juniores», começou por dizer José Dominguez, no final do triunfo sobre os dragões e fazer a relação entre técnicos: o que saiu e o que vai orientar a equipa principal no Porto.
Dominguez conhece os dois treinadores muito bem, mas sabe que esta situação «não é fácil». Nem a saída do amigo, nem a entrada de Oceano na equipa principal.
«Ele é um antigo capitão do Sporting, foi-lhe pedido para ajudar e não podia virar as costas», considerou aquele que, há menos de 24 horas, era adjunto de Oceano.
José Dominguez admitiu ainda que, apesar de tudo, os leões podem vencer no Dragão, no FC Porto-Sporting para a Liga, neste domingo: «Se este resultado se pode repetir amanhã? Penso que sim, nós Sporting temos jogadores de qualidade, é difícil lidar com esta pressão, mas temos qualidade para vencer. Porque não?»
O presidente da Assembleia Gera do clube, Eduardo Barroso, também esteve nas bancadas de Rio Maior.
«Amanhã é o nosso presente que está em jogo», começou por sublinhar o dirigente leonino, por contraste com o jogo da equipa B, que é um projeto para o futuro.
«Temos de confiar, temos bons jogadores, novos, temos de arrumar a casa e vamos ver se vamos a tempo, mas acho que sim», respondeu depois Eduardo Barroso, sobre uma eventual vitória no Dragão. Aliás, ao seu jeito, o presidente da AG do Sporting garantiu mesmo, em declarações feitas no mesmo local:
«Sou tão otimista que acredito que o Sporting ainda pode ser campeão.»
Sobre as trocas de treinadores, Eduardo Barroso foi claro.
«Não correu bem, mas não é para banir ninguém», resumiu, sobre a passagem de Sá Pinto no clube.
«Não está em questão o cidadão, o profissional, a pessoa, mas eu também não coloco assistentes meus a fazer transplantes no primeiro ano. Têm de ter seis anos de experiência para isso», concluiu, já depois de dizer que «a confiança estava a esvair-se», mas que, repete, Sá Pinto é um homem do clube «e deve estar ligado ao clube».
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